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Comércio Varejista de Belém apresenta queda no 1º semestre de 2017

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Comércio Varejista de Belém apresenta queda no 1º semestre de 2017

27/09/2017 14:22:55

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Pará (Fecomércio-PA) apresentou na terça-feira (26) no auditório do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas Belém) os resultados do primeiro semestre do Boletim do Comércio Varejista e Serviços e as pesquisas CNC/Fecomércio-PA.  O lançamento é parte da XVIII Reunião do Grupo Interinstitucional de Estudos e Análise Conjuntural (GEAC) promovido pela Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) em parceria com a Fecomércio-PA, Sindilojas Belém,  ACP, FACIAPA e ACIA. 

A apresentação do Boletim do Comércio Varejista e Serviços foi feita pela assessora econômica da Fecomércio-PA, Lúcia Cristina Lisboa, que destacou o desempenho do comércio varejista paraense no primeiro semestre de 2017. De acordo com os dados apresentados, o volume de vendas do comércio varejista em Belém apresentou uma queda de 5,2% no primeiro semestre de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado e perda de receitas nominais de menos 4%. Das 27 unidades federativas do Brasil, 16 apresentaram desempenho negativo no setor do comércio varejista.

“Esse é o terceiro semestre consecutivo que o setor apresenta resultados negativos no semestre, entretanto, o decréscimo foi inferior ao resultado dos primeiros seis meses de 2016, quando as vendas declinaram -11%. Podemos dizer que apesar de ser um resultado negativo, a redução das taxas de juros (embora ainda alta), a liberação do FGTS e a desaceleração dos reajustes dos preços, contribuíram para incrementos nas  vendas como ficou demonstrado que a  partir de maio  as vendas do comércio varejista no Pará  iniciaram movimento de recuperação, com evolução no volume de vendas, sinalizando uma possibilidade de fechar o ano com resultados melhores do que os apresentados em 2015 e 2016” – afirmou a economista.

Embora a recuperação em definitivo dependa de fatores como o aumento no emprego e renda e a retomada dos investimentos, o desempenho da economia, com reflexos positivos sobre o setor, também dependem das questões macroeconômicas e do comportamento do setor público no plano nacional quanto às reformas e a redução das dívidas e gastos do governo. Fatores como a turbulência política e as incertezas quanto ao futuro do País, podem afetar essa expectativa de desempenho anual positivo. O Boletim do Comércio Varejista também apresentou dados referentes ao mercado de trabalho no varejo paraense. Segundo a pesquisa, o comércio varejista do Pará apresentou saldo negativo de menos 4.950 postos de trabalho no primeiro semestre de 2017. Também houve redução na arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De janeiro a junho de 2017, a arrecadação de ICMS do comércio varejista foi de R$ 430.930 milhões, uma retração de 2,01% na comparação com o valor arrecadado no primeiro semestre de 2016, ou seja, cerca de R$ 8,860 milhões a menos na arrecadação de ICMS do setor varejo, evidenciando impacto da crise econômica sobre o setor.

Os indicadores da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor Paraense (Peic) realizados pela Fecomércio-PA em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentaram redução no total de famílias paraenses endividadas. No primeiro semestre de 2016 o percentual de famílias paraenses endividadas era de 73,6% enquanto no primeiro semestre de 2017 o percentual era de 41,5%. Se por um lado o endividamento diminuiu, a inadimplência das famílias paraenses aumentou. Nos primeiros seis meses de 2016, eram 36,2% inadimplentes e destes, 9,7% afirmaram que não teriam condições de colocar em dia as dívidas atrasadas. Em 2017 a média foi de 37,9% inadimplentes e 19,3% destes que já estavam em atraso, informaram que também não quitariam as parcelas atrasadas nos próximos meses. A boa notícia é que aumentou a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) para o mês de setembro, onde 59,50% informaram que pretendem comprar mais nesse segundo semestre de 2017 do que compraram em 2016.

Texto e Fotos: Adriano Abbade / Cecom Fecomércio-PA

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