Conversamos com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção e Elétricos, Vidros, Louças, Tintas, Ferragens, Maquinismos, Mármores, Granitos e Gesso de Belém e Ananindeua (Sindmaco), Salim Bouez Pinheiro, sobre as perspectivas do setor de materiais de construção para o ano de 2017.
Fecomércio: Como e quando o senhor iniciou sua história no ramo de materiais de construção?
Salim Bouez: Estou no ramo de materiais de construção há 30 anos. Iniciei quando surgiu uma oportunidade de expansão de negócios na Oplima. Começamos com material de acabamento, em seguida material elétrico e hidráulico, e por último, pisos e revestimentos. O nosso mix era de máquinas manuais e elétricas, compressores domésticos e industriais, ferramentas manuais, etc...
Não trabalhamos com material básico. Atendemos os públicos A B C e D. Na década de 2000, fundei a Construir Comércio LTDA (Fácil Construir), que é administrada pelos meus filhos. Com mix de material de acabamento, hidráulicos, pisos e revestimentos, portas e janelas de aço, elétricos e iluminação, etc...
Fecomércio: O ano de 2016 foi um ano difícil para a economia brasileira. De que modo o setor de materiais de construção foi afetado no estado do Pará e qual o balanço que o senhor faz desse período?
Salim Bouez: O ano de 2016 foi um ano de muita dificuldade. O setor não parou e as dificuldades de cada empresário foram muito bem administradas por eles, na redução de uma série de atividades, como despesas internas, administração das suas compras e estoque. Tivemos sim uma redução nas vendas, mas como já disse, o setor não parou, pois o material de construção é um gênero de primeira necessidade para habitação, conforto e moradia.
Fecomércio: Quais são os principais desafios para o setor de materiais de construção paraense em 2017?
Salim Bouez: Se tivermos um comportamento de gestão das nossas empresas como tivemos em 2016, será ótimo. Não tivemos quebradeira no mercado, então estamos com bastante experiência para enfrentar 2017, sabendo onde se pisa, e na esperança de que os incentivos do governo aconteçam, porque o consumidor diminuiu, mas não desapareceu.
O setor de material de construção de Belém e Ananindeua foi sim afetado pelo desemprego, pelo comprometimento da renda e endividamento do trabalhador, mas numa escala bem menor do que no sul do país. Muitos trabalhadores foram para o empreendedorismo, muitos para o mercado informal, funcionários públicos estão numa situação normal de pagamento, então é uma questão de gestão e não de desespero.
Fecomércio: Quais ações o Sindmaco pretende executar esse ano?
Salim Bouez: Este ano o Sindmaco pretende executar um grande evento que é a Feira de Material de Construção, a FENORMAC, a maior feira do seguimento na região Norte do País.
Fecomércio: De que maneira a Fecomércio-PA pode contribuir positivamente para o setor de materiais de construção e para garantir mais benefícios para a categoria?
Salim Bouez: A Fecomércio-PA contribui principalmente através do Sesc e do Senac, que é quem apoia os trabalhadores nas áreas de educação, saúde, lazer, assistência, cultura e capacitação. Para as empresas ela dá orientações tributárias e estatísticas.