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Percentual de famílias com dívidas é menor em outubro, mas inadimplência ainda é alta

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Percentual de famílias com dívidas é menor em outubro, mas inadimplência ainda é alta

23/11/2016 11:07:35

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC - CNC/Fecomércio-PA) no mês de outubro de 2016 registrou que 42,3% das famílias do Estado do Pará estavam endividadas, isto significa que tinham efetuado compras por meio de parcelas a vencer. São prestações a serem pagas, em média, por pelo menos 5 meses à frente.

Esta taxa de endividamento foi menor do que a registrada no mês de setembro de 2016 (49,9%) e que no mês de outubro do ano passado, quando a taxa de endividamento era quase o dobro da atual (80,1%). Indicador relacionado ao fato de que os consumidores estão comprando menos em 2016. Como verificado na Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF – CNC/Fecomércio-PA), na qual 77% das famílias informaram que em outubro estavam comprando menos do que no ano passado.

Redução da Taxa de endividamento?

A retração no consumo, em virtude da continuidade da pressão inflacionária, a redução de-2,76% no estoque de empregos formais e a consequente queda na renda, além do custo elevado do crédito, explicam em parte essa diminuição dos níveis de endividamento em outubro 2016, em relação a outubro 2015.

Inadimplência

Por outro lado, a taxa de inadimplência permanece elevada. Das42,3% famílias endividadas, 38,6% encontravam-se inadimplentes, ou seja, estavam com dívidas atrasadas por pelo menos 54 dias e dessas, 16,3% responderam na pesquisa que não teriam condições de pagar as dívidas atrasadas nos próximos meses, ou seja, vão continuar inadimplentes,mesmo considerando o recebimento da primeira parcela do 13º salário no mês de novembro.

A elevada taxa de inadimplência (38,6%), o percentual do orçamento doméstico comprometido com dívidas contraídas anteriormente (24,4%)e o fato de ainda existirem dívidas para serem pagas por pelo menos 5 meses, comprometem as vendas futuras.

Efeitos

A conjunção de inflação alta, juros elevados, portanto crédito ainda caro, redução de – 21.380 postos de trabalho formal e a inadimplênciasão fatores que contribuíram para reprogramação do consumidor quanto á realização de novas compras, ocasionando queda no volume de vendas no Comércio Varejista ampliado, que no período de janeiro a setembro/2016, registrou decréscimo de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado para a média do Brasil foi de redução nas vendas do varejo de 9,2%.

Principais Tipos de Dívida: As dividas foram contraídas principalmente nas compras efetuadas por meio de cartão de crédito (59,9%), carnês de loja(40%), crédito pessoal (17,5%), cheque especial (4,6%), crédito consignado(2,4%), financiamento de carro (3,7%), etc.

Lúcia Cristina Lisboa / Assessoria Econômica