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Pesquisa da Fecomércio-PA aponta redução no nível de endividamento das famílias paraenses

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Pesquisa da Fecomércio-PA aponta redução no nível de endividamento das famílias paraenses

03/10/2016 15:23:25

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC), realizada pela CNC/ Fecomércio-PA, registra, em setembro, queda 5,4% pontos percentuais no nível de endividamento das famílias, na comparação com o mês anterior. O índice de famílias com contas em atraso ainda continua alto, alcançou 48,4%, apesar de ser uma taxa levemente inferior em comparação ao mês anterior, quando registrou 49,4%. Os consumidores estão com os pagamentos atrasados, em média por 52 dias e ainda tem dívidas a pagar contraídas anteriormente por pelos menos 5,3 meses, cujas parcelas comprometem 27% do orçamento familiar mensal.

A PEIC de setembro mostra que tem havido redução no nível de endividamento das famílias, em parte, porque as famílias já estão muito endividadas e inseguras quanto à manutenção do emprego e renda familiar total, somado ao aumento dos juros e dos preços, assim optam por não fazerem mais dívidas, fatores que em conjunto refletem na redução do volume de vendas do comércio varejista. Dado que o endividamento representa as compras efetuadas a prazo e em grande parte por meio do cartão de crédito, o crescimento anual dos juros está impactando diretamente nas decisões das famílias de efetivarem novas compras com o recurso do crédito.

Verifica-se na PEIC que as principais formas de endividamento utilizadas pelos consumidores têm sido por compras por meio de cartão de crédito, com 56,8%, seguidos de carnês: 39,0% e crédito pessoal: 19,1%.

O quadro de dificuldades observado na economia brasileira continua a persistir ao longo desse ano e influenciar no desempenho econômico dos estados, como no caso do Pará, onde o volume de vendas do comércio varejista ampliado acumula no ano uma queda – 13,3% (IBGE/PMC - Jan – Jul 2016), o volume de serviços - 3,2% (PMS – Jan - Jul 2016) a receita nominal do comércio - 4,9%, e a receita de serviços - 2,1%.  O emprego formal apresentou no período de janeiro a julho uma redução de - 18.097 postos de trabalho entre admitidos e desligados, destes - 7.548 foram do comércio e serviços.  Por outro lado, decorrente da dinâmica própria da economia paraense e da demanda externa, a indústria paraense obteve no primeiro semestre de 2016, um desempenho positivo de 10,2%.

Lúcia Cristina Lisboa / Assessoria Econômica