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Vendas no comércio podem aumentar até 12% no mês de junho

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Vendas no comércio podem aumentar até 12% no mês de junho

01/06/2016 10:25:01

Junho deve trazer um aumento entre 8% e 12% nas vendas do comércio, segundo projeção do Sindicato dos Lojistas de Belém (Sindilojas). Na análise do presidente da entidade, Joy Colares, o mês que começa nesta quarta-feira tem dois componentes bem peculiares: a quadra junina e a terceira melhor data de vendas para o comércio da cidade - o Dia dos Namorados.

Ele constata que a cada ano o São João ganha mais tradição em Belém, embora os artigos sejam de baixo preço. O 12 de junho, no entanto, véspera de Santo Antônio, é a data em que solteiros e casados fazem de tudo para agradar a pessoa amada, dentro do poder aquisitivo de cada um. “Então, temos boas perspectivas para os próximos 30 dias, que emendam com o veraneio’’, disse Colares. 

Em tempos de crise econômica, lojistas e camelôs apostaram em exposições antecipadas dos produtos juninos para estimular as vendas de vestidos de chita, chapéus de palha, cestinhas de misses caipiras e bandeirinhas em papel de seda. Para Joy Colares, os festivais de quadrilhas promovidos pelo poder público e as festas juninas familiares e nas escolas tendem a provocar aumentos entre 3% e 5% no volume de vendas dos produtos típicos da quadra. Já o Dia dos Namorados, na avaliação dele, deve aquecer as vendas com mais força, entre 5% a 7%, em comparação com o período atual de vendas.

Ontem pela manhã, o movimento era intenso na esquina da Rua Treze de Maio com a Travessa Sete de Setembro, numa loja de artigos diversos abarrotada, do chão ao teto, por confecções e acessórios para o São João. Mães e costureiras, em grande maioria, compunham o público interessado em encontrar o menor preço.

“É pesquisa’’, disse a dona de casa Diva Helena Souza Santos, olhando um artigo e outro da loja, a fim de comprar o traje junino completo, com chapéu de palha, calça e camisa para o filho de apenas um ano e meio. Ela quer preparar o garoto para a festinha da creche, marcada para o Dia de São João, em 24 de junho. ‘’Está tudo muito caro’’, acrescentou ela. No ano passado, Diva adquiriu um chapéu por 12 reais, mas ontem o menor preço que encontrou era de 15 reais.  

Duas costureiras - Vera Lúcia Bezerra e Socorro Paixão, ambas de 50 anos - procuravam acessórios para compor os trajes juninos que costumam produzir sob encomenda. Vera Lúcia disse que trabalha como babá e costuma produzir arranjos e acessórios para a criança da família para quem trabalha e ainda para os filhos dos amigos da família, como forma de ganhar uma renda extra. Já Socorro contou que há muitos anos confecciona roupas juninas para os estudantes da Escola Madre Zarife Sales, no Guamá. As duas, no entanto, reclamaram dos preços.

“Vim aqui há duas semanas e esse chapeuzinho estava a 45 centavos, hoje, está a 90 centavos’’, disse Vera, que usa o minichapéu de palha no coque que costumam usar no cabelo as meninas que brincam a quadra. Socorro reclamou do valor das travessas decoradas. ‘’Estavam a 8 reais. Estão a 11,99, agora. Caro”, afirmou a costureira. 

Com experiência de 30 anos na Avenida João Alfredo, entre as travessas Padre Eutíquio e Sete de Setembro, a vendedora ambulante Márcia Janaína Campos da Silva, de 46 anos, garantiu que o mês de junho é o mais esperado do ano. Ela mesma faz tudo que vende em sua barraca: vestidos para crianças (de 70 a 150 reais), cestinhas para miss caípira (entre 15 e 20 reais) e os lacinhos de fitilho com patchouli para enfeitar a roupa, que saem por um real 15 lacinhos . “Esse é o mês em que faturo pra valer’’, animou-se Janaína.

Fonte: ORM News