A carga tributária que anualmente cresce no país, com a possível volta da CPMF, pode no ano de 2016, ultrapassar o patamar de 40% do PIB. Em um cenário de recessão no qual o Brasil se encontra, vai afetar ainda mais as atividades econômicas e o efeito poderá ser péssimo para todos, pois o setor empresarial já não tem como suportar pagar mais impostos e se houver mais tributos, pode ter efeito contrário, com impactos mais danosos e de retrocesso para a economia, vide o que já está acontecendo com fechamento de 100 mil lojas em todo o país, redução no nível de emprego, decréscimo nas vendas, etc. Com aumento de impostos a situação tende a se agravar.

O país vive um momento de dificuldades e recessão que é resultado de uma crise política e de confiança, que reflete na sociedade, atingindo de maneira direta os empresários do setor do comércio de bens, serviços e turismo. O Governo Federal deveria criar condições para a retomada do crescimento de modo que não seja “sufocando“ ainda mais as empresas, dessa forma, vai provocar mais fechamento de lojas e aprofundar a crise econômica. A saída deve perpassar pela redução de gastos e não por aumento de impostos, bem como pela eficiência na gestão dos recursos públicos.

Não cabe aos empresários e a sociedade em geral o ônus de arcar com mais impostos. Além disso, o projeto está sendo apresentado de forma unilateral, sem discussão com o setor produtivo. Dessa forma, a posição da Fecomércio-PA é claramente contrária à recriação da CPMF. Nós pretendemos ainda mobilizar a bancada de deputados federais no Congresso Nacional, para impedir a aprovação de mais impostos.

Sebastião de Oliveira Campos

Presidente do Sistema Fecomércio / Sesc / Senac Pará