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Fecomércio-PA aponta perspectiva de crescimento nas vendas de fim de ano

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Fecomércio-PA aponta perspectiva de crescimento nas vendas de fim de ano

11/10/2017 10:28:47

Os recentes estudos elaborados pela Fecomércio-PA, com base nas Pesquisas de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) da CNC/Fecomércio-PA e na PMC do IBGE, indicam que os resultados das vendas no ano de 2017 serão melhores do que a grave queda na demanda ocorrida em 2016, quando o volume de vendas no Pará decresceu 13%. Apesar do volume de vendas do comércio varejista no acumulado do ano (contabilizado de janeiro a julho de 2017) ainda apresentar desempenho negativo de -3,8%, nos meses de maio, junho e julho, as vendas apresentaram crescimento em relação aos mesmos meses de 2016, com aumentos nas vendas de 4,7%, 2,9%, e 4,5% (PMC/IBGE). Os dados de agosto e setembro ainda não foram disponibilizados. 

Com isso, a estimativa é de que as vendas no comércio varejista devam encerrar o ano de 2017 com desempenho positivo e crescimento anual entre 2% e 4%, embora ainda muito tímido e lento, porém reverterá uma trajetória de quedas anuais nas vendas, que desde 2015 e 2016 o desempenho final tem sido negativo (-4,9% em 2015 e –13,1% em 2016) com forte impacto sobre o nível de emprego. Em 2016, por exemplo, o saldo de empregos com carteira assinada foi reduzido em 39.869, considerando todas as atividades econômicas e observando os dados do CAGED/MTE.

As expectativas de desempenho positivo nas vendas em 2017, motivados por alguns fatores, como redução da inflação e dos juros (embora este ainda muito elevado) há de se considerar a diminuição da taxa Selic de 14, 25% no início do ano para 8,25% atualmente, taxa que serve de referencial para as demais, e o decréscimo em torno de 82 pontos percentuais das taxas médias de juros ao consumidor (com ressalva ainda muito elevadas) de certa forma, são fatores que contribuem para ampliar a intenção de consumo das famílias. E tem reflexos sobre a confiança dos empresários. Mesmo que a estimativa seja de finalizar o ano com aumentos nas vendas e na receita em um patamar, em média, de até 4% e apesar dos gargalos da alta inadimplência e da não recuperação dos quase 40.000 empregos que foram “perdidos” em 2016, ainda assim as vendas em 2017 serão superiores às realizadas em 2016 e contribuirá para amenizar a queda do nível de empregos, que também haverá, porém, em menor magnitude.

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC/Fecomércio-PA indicou em setembro de 2017 que 59,5% dos consumidores pretendiam comprar mais nos meses de outubro, novembro e dezembro, do que compraram nos últimos meses de 2016. Já a Pesquisa de Índice de Confiança e Expectativa dos Empresários (ICEC) também da CNC/Fecomércio-PA demonstrou leve aumento na confiança da economia, motivados pelos resultados de alguns indicadores macroeconômicos e pelos últimos dados sobre as vendas, mas a incerteza dos efeitos do ambiente político atual e futuro e os problemas estruturais que afetam a iniciativa privada, ainda limitam as condições de investimentos.

Na pesquisa ICEC da CNC/Fecomércio-PA, perguntados sobre as contratações, os resultados foram: 47,10% informaram que pretendem aumentar pouco número de funcionários; 15,8% informaram que pretendem aumentar muito o quantitativo de pessoal nos próximos meses, mas, por outro lado, 26% optaram por reduzir pouco o quadrode funcionários e 11,2% dos empresários pretendem diminuir muito o total de funcionários.  Com isso, a Fecomércio-PA estima que no ano de 2017, o saldo entre admitidos e desligados de trabalhadores com emprego formal ainda será negativo, com redução no estoque de empregos formais, em torno de -5%, ou seja, mesmo com incrementos nas vendas projetados para o desempenho global em  2017, não possibilitarão condições de recuperar o nível de emprego no estado do Pará,  que de janeiro a agosto de 2017 apresenta um saldo entre admitidos e desligados de – 7.689 e o setor de comércio e serviços apresentou uma redução de – 4.322 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 100.388 admissões menos 104.710 desligamentos.

Lúcia Cristina Lisboa
Assessoria Econômica / Fecomércio-PA

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